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sábado, 2 de julho de 2011

"O Porteiro do Puteiro."


“O Porteiro do Puteiro”



Não havia no povoado pior ofício do que:
”Porteiro do Puteiro”. Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? 
O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício. 

U
m dia, entrou como gerente do puteiro, um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento. Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções... 


A
o porteiro disse: 

- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal, 
onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços. 

- Eu adoraria fazer isso, senhor - balbuciou - mas... eu não sei ler nem escrever!
 


- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
 
- Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer outra coisa. 

- Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e desejo que tenha sorte.
 


S
em mais, nem menos, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. O que fazer? Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho. Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego. Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado. Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa. Como o povoado não tinha “Casa de Ferragens”, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim o fez. 

N
o seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:


- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
 


- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar... já que...
  


- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
 


- Se é assim, tudo bem. 


N
a manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse: 


-Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
 



- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a “Casa de Ferragens” mais próxima 
está a dois dias de viagem de mula. 

- Façamos um trato - disse o vizinho. Eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?
 


R
ealmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias... Aceitou. Voltou a montar na sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua Casa. 



- Olá, vizinho! Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece? 


O
 ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, 
um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas. 

N
a viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que haviam vendido. De fato, poderia economizar algum tempo em viagens. 
A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viajem, faziam encomendas. Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes. Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão transformando o galpão na primeira loja de ferragens do povoado. Todos estavam contentes e compravam dele. 


J
á não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos. Ele era um bom cliente. Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, do que gastar dias em viagens. 



U
m dia ele se lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e, pensou que este poderia fabricar as 
cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc... E após, foram os pregos e os parafusos... Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas. 

U
m dia decidiu doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam também, um ofício. No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e disse: 


- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar sua assinatura 
na primeira página do Livro de Atas desta nova escola. 

- A honra seria minha - disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o Livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto. 


- O senhor ?!?
! - disse o prefeito sem acreditar. O senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado. Então lhe pergunto: 
- O que teria sido o senhor se soubesse ler e escrever? 

- Isso eu posso responder
 - disse o homem com calma. Se eu soubesse ler e escrever... Ainda seria o... 
                                                     
                                           “PORTEIRO DO PUTEIRO!!!"
 


(desconheço a autoria do texto,recebi por e-mail, repasso aos meus contatos e amigos, com minhas anotações críticas.)


Sobre o Texto: "Minha Visão Crítica e Opinião Pessoal."


A
contecem situações ao longo de nossa existência, que caem como verdadeiras imprevisibilidades. Mostram-se como verdadeiras adversidades. Manifestam-se sob a forma de obstáculos e, muitas vezes, sinalizam o destino de permanentes infortúnios.


A
 lição do “porteiro do puteiro” digo melhor agora, “empresário bem-sucedido”, nos leva a uma profunda reflexão em nossas vidas, nossa existência. Bem verdade, que já presenciamos na sociedade, casos semelhantes destes vencedores.


P
assar por estas não soluciona, mas superá-las, sim, é a essência da verdadeira sabedoria. A lógica destes fatos nos induz que ocultos à aparente realidade material, escondem-se por detrás das adversidades e obstáculos, um universo de oportunidades.


N
estes momentos devemos refletir e nos habituar praticando a observação, desenvolvendo a percepção e a intuição, capturando e emergindo as inspirações necessárias, para assumir o controle diante dos obstáculos e adversidades, ultrapassando-os e superando.


D
esta forma nos capacitamos, para alcançar e conquistar novas oportunidades. Lembre-se: ”A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna.” 


C
umpre-nos a transformação alquímica, de crises, obstáculos, infortúnios, adversidades, em superação para bênçãos, conquistas e realizações!


N
isto reside o nosso valor. Sob a forma inspiracional posto,


A
os meus contatos, amigos, leitores transmito,


F
raternal Abraço,


(Mr. Altermas)


Um comentário:

Anônimo disse...

bom dia Sr. marcos, sempre que eu posso visito o sebo cultural de sua esposa aqui em barra de sao francisco. belo blog, um abraço e sucessos, tambem sou escritor, quando puder visite meu blog
www.julioribeirocortez.blogspot.com
felicidades